Acaba de ser lançada uma coletânea de poemas do poeta português, João Luís Barreto Guimarães, intitulada Mediterrâneo [Śródziemnomorze]. O tomo tem a chancela da editora Lokator, que no passado já publicou obras de Fernando Pessoa. A tradução ficou a cargo de Gabriel Borowski. A edição polaca de Mediterrâneo foi co-financiada pelo Camões, I. P. e pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) através dos seus respetivos programas de apoio à edição.

Esta recolha de poemas escritos entre 2012 e 2015 é uma deambulação pela história e pela cultura europeia e mediterrânica, atravessando a paisagem física e espiritual, bem como o tempo entre a Antiguidade clássica e a nossa contemporaneidade. Este é um livro onde o Sul aparece representado em tudo o que o Mediterrâneo significa na nossa cultura, no qual a antiguidade greco-latina é transportada para o presente, cruzada com a matriz judaico-cristã, um livro que nos apresenta uma poesia que reflecte as nossas raízes culturais como elementos vivos do nosso quotidiano. Porque o Mediterrâneo, berço da cultura ocidental, é uma fronteira (íntima, não só geográfica) onde a poesia europeia sempre habitou e cuja revisitação a expande. (Acta do júri do Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa)

O livro terá o seu lançamento oficial durante os Dias da Literatura Portuguesa, no dia 24 de novembro.

João Luís Barreto Guimarães

João Luís Barreto Guimarães

Além de poeta e tradutor, João Luís Barreto Guimarães, que nasceu no Porto a 3 de junho de 1967, é médico, e publicou o primeiro livro de poemas em 1989. Neste ano lançou seu sexto título, Movimento (2020). Em 1992 recebeu o Prémio Criatividade Nações Unidas. Pela coletânea Meditterâneo, lançada em 2016, traduzida para italiano, espanhol e francês, foi distinguido com o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa. Em 2018 obteve o Prémio Livro de Poesia do Ano Bertrand pelo livro Nómada.