ATORES
Aleksandra Kłos
Anna Kiełbowska
Dagmara Mariańska
Dominika Trojak
Joanna Krasoń
Julia Wojtczuk
Martyna Zięba
Mateusz Chmielarczyk
Patrycja Koszczyńska
Zuzanna Zasada
SOM E MÚSICA
Anna Wisz
CENOGRAFIA
Kinga Radkowska
Gabriela Januszko
EXPOSIÇÃO
Julia Lasecka
Magdalena Czarnata
COMUNICAÇÃO
Paulina Gregorek (design)
Joanna Morszczyzna (redes sociais)
LEGENDAS
Ekaterina Onikienko
TRADUÇÃO [PL]
Dorota Kwinta
TEXTO ORIGINAL
José Maria Vieira Mendes
TELE-ENCENAÇÃO
José Carlos Dias
ONLINE (06/2020)
Manda o secular ritual nacional que as férias de verão sejam passadas numa casa mesmo ao lado da praia, mesmo ao lado de todos os outros portugueses e sob vigilância apertada da família. Um pai, uma mãe, o seu filho (Nuno), a mulher deste (Laura) e um amigo do filho (Alexandre) passam as férias juntos. Os dias e as noites repetem-se, iguais e intermináveis, num ambiente sufocante e de clausura. “Toda a gente quer a minha mulher”, diz-nos Nuno, confortavelmente conformado com o interesse que Laura desperta no Pai e no amigo Alexandre, e incapaz de lutar contra um pai que o espezinha e contra a modorra do hábito a que se acomodou. Laura parece mais desejosa de liberdade, mas será suficientemente forte para se libertar do círculo vicioso da repetição? Nuno e Laura são símbolos da primeira geração de Abril, uma geração à beira de se perder, a quem resta apenas uma última oportunidade de salvação. Serão eles capazes de a agarrar?
Como indicado no prefácio à obra, “A Minha Mulher”, de José Maria Vieira Mendes, “partiu da vontade de pensar em teatro sobre o embate travado por duas gerações. E acabou numa reflexão sobre a memória, sobre a repetição e o amor, sobre a escrita para teatro também sobre o escuro.”
Em tempos de pandemia e confinamento, A Minha Mulher será apresentada em versão radiofónica, com cenários virtuais e legendas em polaco. As legendas foram feitas com base na tradução de Dorota Kwinta, publicada em 2012, na revista Dialog.