No dia 5 de outubro, será lançada, na Polónia, a banda desenhada Salazar. Teraz i w godzinie jego śmierci, de Miguel Rocha e João Paulo Cotrim na tradução de Jakub Jankowski e Tamara Sobolska. A editora responsável pela publicação é a Timof Comics.

Não há mais Salazar e não há mais a ponte com o seu nome, rebatizada após 1974 para a “Ponte de 25 de abril”, ou Ponte da Revolução dos Cravos. Esta revolução sem derramamento de sangue trouxe a Portugal desafios completamente diferentes. E as possibilidades, como a liberdade de expressão irrestrita, que foi aproveitada ao máximo por Rocha e Cotrim na banda desenhada, que sem exagero pode figurar no Top 3 da banda desenhada histórica portuguesa.

Apesar da estreia marcada para o dia 5 de outubro, será possível comprar o livro antecipadamente no Festival de Banda Desenhada de Varsóvia nos dias 3 e 4 de outubro.

Miguel Rocha

Miguel Rocha

Publicitário, ilustrador e autor de banda desenhada

Nasceu a 7 de março de 1968, em Lisboa. Começou a dedicar-se à banda desenhada em 1997. A sua estreia na BD deu-se com “Pequenos Sarilhos”, série de uma página que publicou mensalmente na revista Pais & Filhos, em 1997, durante seis números. O seu primeiro livro editado foi O Enigma Diabólico. Seguiram-se outros livro e álbuns, entre eles: As Pombinhas do Sr. Leitão, que recebeu o Prémio Especial Revelação no Festival da Amadora, Borda d’Água, Dédalo, Eduarda, Março, [malitska:]. Em 2000, recebeu uma Bolsa de Criação Literária do Ministério da Cultura, que lhe permitiu durante um ano dedicar-se à criação de raiz de uma obra de BD, Beterraba: A Vida Numa Colher. Em 2004 uma ilustração sua foi a escolhida para o cartaz oficial do Campeonato Europeu de Futebol, UEFA Euro 2004.

 

João Paulo Cotrim

João Paulo Cotrim

Guionista e autor de banda desenhada

Nasceu em Lisboa. É o fundador da editora Abysmo. A escrita está-lhe no sangue: guionista para filmes de animação (Fado do Homem Crescido, com Pedro Brito, ou Sem Querer, com João Fazenda, entre outros), escreveu também novelas gráficas (Salazar – Agora, na Hora da Sua Morte), ficção (O Branco das Sombras Chinesas, com António Cabrita), ensaios (Stuart – A Rua e o Riso ou El Alma de Almada El Ímpar – Obra Gráfica 1926-1931), aforismos (A Minha Gata) e poesia (Má Raça, com Alex Gozblau), além de histórias para as mais disparatadas infâncias (por exemplo, Querer Muito, com André da Loba). Dirigiu desde a sua abertura, em 1996, e até 2002, a Bedeteca de Lisboa, tendo organizado um sem-número de edições, iniciativas e exposições. Assina, no Hoje Macau, a crónica semanal «Diário de um Editor».