Resultados da 6.ª edição do Concurso de Tradução de Poesia em Língua Portuguesa

Os laureados da 6.ª edição do Concurso “Poesis”, concurso de tradução de poesia em língua portuguesa para polaco, já foram escolhidos. O júri, constituído pela Prof.ª Doutora Anna Działak-Szubińska, pelo Prof. Doutor Jakub Jankowski e pela Dra. Tamara Sobolska, todos professores do Instituto de Estudos Ibéricos e Ibero-americanos da Universidade de Varsóvia, selecionou as três melhores traduções após cautelosas leituras e estudos às cegas das várias traduções submetidas ao concurso!

O primeiro lugar foi atribuído à tradução de Paulina Dzięcioł, Em segundo lugar, ficou a tradução da autoria de Wojciech Kupisz, que pelo segundo ano consecutivo está no pódio, e em terceiro a tradução de Marta Gburzyńska.

Em baixo, apresentamos o poema original e as três traduções distinguidas. Felicitações à vencedora, ao segundo e à terceira classificados, bem como a todos que participaram neste concurso.

Fiquem atentos à próxima edição!

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GRITO NEGRO

Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão E fazes-me tua mina
Patrão!

Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão
Para te servir eternamente como força motriz mas eternamente não
Patrão!

Eu sou carvão!
E tenho que arder, sim
E queimar tudo com a força da minha combustão.

Eu sou carvão!
Tenho que arder na exploração
Arder até às cinzas da maldição
Arder vivo como alcatrão, meu Irmão Até não ser mais tua mina
Patrão!

Eu sou carvão!
Tenho que arder
E queimar tudo com o fogo da minha combustão.

Sim!
Eu serei o teu carvão Patrão!

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CRAVEIRINHA, José (1980) Xigubo. 2.a ed., Lisboa, Edições 70: 13-14.

1.º classificada – Paulina Dzięcioł

José Craveirinha
Czarny Krzyk

Ja jestem węglem!
Wydobywasz mnie brutalnie z ziem tobie podległych
Czerpiesz ze mnie bogactwo
Jestem tobie uległym!

Ja jestem węglem!
Podpalasz mnie gestem
Żebym służył ci wiecznie, by zapewniać zyski
Ale nie na wieki
Będę uległym!

Ja jestem węglem!
Przeznaczeniem moim płonąć tak
By spalić wszystko mym potężnym ogniem.

Ja jestem węglem!
Wypalić się jest moim obowiązkiem
I płonąć, aby stać się złorzeczenia pyłem
Bracie, jestem smołą i przemijam z płomieniem
Żeby nigdy więcej nie być twym bogactwem
I tobie uległym!

Ja jestem węglem!
Przeznaczeniem moim płonąć
Więc spalę wszystko mym potężnym ogniem.

O tak!
Będę twoim węglem
Lecz nie ulegnę!