“Estamos ao virar do século XIX. A Europa está assolada por uma vaga de atentados reivindicados pelos anarquistas. Em Portugal, a Carbonária, uma fração terrorista, já se instalou e pretende derrubar o regime monárquico… Até aqui, a cera tem estado em mãos brutas, banais, toscas, reles, rotineiras … É necessário pô-la em mãos de artistas, nas nossas. Vamos fazer disto!”

Os “Vencidos da vida” não se encontram mais no Hotel Bragança, e os membros do “Grupo do Leão” baixaram sua guarda. O povo sente uma mudança iminente, a monarquia está vacilando. Ramalho Ortigão, e sobretudo Eça de Queirós, escrevem obras que são notavelmente precisas na predição do que está por vir. Enquanto isso, o pintor José Malhoa procura modelos que lhe permitam a criação de uma verdadeira obra de arte.

A banda desenhada de Jorge Miguel, editada em Portugal em 2011, foi publicada pela editora Timof Comics, no final de junho passado, na tradução de Grażyna Jadwiszczak, Zuzanna Szpura e Jakub Jankowski.

Jorge Miguel

Autor

Nascido em Amador, mas adotado pela cidade de Setúbal. Criador, pintor e ilustrador. Interessa-se por tudo que tenha a ver com arte visual, desde a ilustração publicitária até a animação tradicional. A aquarela é sua forma de expressão favorita.