“Livres e Escravizados: Vozes dos Subalternos na História do Império Português” conta uma história de pessoas das periferias do império colonial português.

É uma história daqueles que outrora habitaram a área dos actuais Brasil, Angola, Guiné-Bissau e os arquipélagos atlânticos de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Fala não só dos povos indígenas, mas também dos judeus que fugiram da perseguição religiosa, cristãos-novos, muçulmanos, ciganos, bruxas e criminosos condenados por tribunais inquisicionais e civis. Uma vez livres, outra vez escravizados. Seu grau de subalternidade dependia da interseção de tais factores como o género, o grau de assimilação, a relação com senhor e o lugar na estrutura da rede. O objectivo deste livro era resgatar estas vozes e refletir quem participou conscientemente na construção do império colonial português e quem foi o silenciado. Se reconstruírmos a história do ponto de vista dos mais marginalizados, será possível descontruí-la?

A capa apresenta uma imagem de uma mulher indígena, uma das cerca de 160 índias da tribo Mẽbêngôkre-Kayapó da aldeia de Tekrejarôti-re situada a cerca de 30 quilómetros da cidade de Redenção no estado do Pará, no norte do Brasil. O rascunho é da Mariola Landowska, pintora e activista polaca associada à aldeia de Tekrejarôti-re desde 2016.

O livro estará disponível para venda a partir da segunda semana de fevereiro pela editora Wydawnictwo Naukowe Uniwersytetu Mikołaja Kopernika. Faz parte da série Monoigrafia da Fundação para a Ciência Polonesa.

Agata Błoch

Agata Błoch

Historiadora e docente no Instituto de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos da Universidade de Varsóvia. Doutora pelo Instituto de História da Academia Polaca de Ciências (2021). Concluiu o mestrado em História do Império Português pela Universidade Nova de Lisboa (2018), e Mestrado em Estudos Latino-Americanos pela Universidade de Varsóvia (2014).

Os seus interesses de investigação incluem o império português do Atlântico, o Brasil colonial, a história social, subalternos, teorias pós-coloniais, análise das relações históricas, questões de género, e história global.

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