7-10 de junho de 2021 | 19h00

Cada dia estreia uma peça diferente

O teatro Pisca-Pisca apresenta um ramalhete dramático de 4 peças intitulado Vidas por um fio, que irá estrear entre 7 e 10 de junho de 2021 às 19h00 pela plataforma YouTube. Cada dia, estreia uma peça diferente:
 
 
7 de junho — “Fénix”, de Anika Danielczuk e Maja Olszewska, assistir aqui
8 de junho — “Eu, Se Não Subo Ao Pessegueiro, Morro”, de Abel Neves, assistir aqui
9 de junho — “O Tinder vai ao Zoom”, de Katarzyna Biljenko e Małgorzata Boratyńska, assistir aqui

10 de junho — “O Lamento do Unicórnio”, de Abel Neves, assistir aqui

 
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Andamos de vida suspensa vai já para ano e meio. Confrontados com o confinamento, engrossámos ainda mais esse cordão digital que nos liga aos outros para nos agarrarmos à vida. Foi com esta constatação que arrancámos a temporada dramática de 2020/2021 dos Pisca-Pisca, depois de termos decidido que os Pisca-Pisca não iriam optar por uma encenação escapista, mas antes iriam confrontar a pandemia que nos tem mudado a vida a todos.
 
Vidas por um fio liga-nos a quatro histórias distintas — “Eu, Se Não Subo Ao Pessegueiro, Morro“, “O Lamento do Unicórnio”, “O Tinder vai ao Zoom”e “Fénix” —, retalhos de vidas em pandemia em busca de repostas: como lidar com a solidão e o abandono? Que lugar resta à beleza e à fantasia? Qual o valor da amizade? Onde e como procurar o amor?
 
 
As quatro histórias foram pensadas de raiz para serem encenadas no palco digital das plataformas de videoconferência, como o Zoom, o Google Meets ou qualquer outra dessas que passaram a fazer parte do nosso quotidiano. De outra maneira, não podia ser. Afinal era o único palco que nos restava. Umas são mais amargas e graves, outras mais trocistas e brincalhonas, todas, no fundo, são tentativas de sentir os outros o mais perto possível, através desse fio-cordão digital, pois como diz Adília Lopes «mais que de espelhos / preciso dos outros / para saber / que eu sou eu».
 
 
Vidas por um fio é também uma criação dramatúrgica a várias mãos, partilhada entre o conceituado dramaturgo Abel Neves, autor já encenado pelos Pisca-Pisca, e as estudantes aprendizes de feiticeiras de português do 2º ano do Instituto de Estudos Ibéricos e Ibero-americanos da Universidade de Varsóvia. As peças “Eu, Se Não Subo Ao Pessegueiro, Morro“ e “O Lamento do Unicórnio” são da autoria do dramaturgo português e pertencem à obra Além as Estrelas São a Nossa Casa. As outras duas foram escritas por duas duplas de estudantes do 2º ano do curso de estudos portugueses: Anika Danielczuk e Maja Olszewska escreveram “Fénix” e Katarzyna Biljenko e Małgorzata Boratyńska “O Tinder vai ao Zoom”. O confinamento foi, assim, uma oportunidade para ensaiar a escrita dramática para aqueles que estão a aprender português.
 
 
O teatro, como toda a obra de arte, é uma forma de pensar a vida. Vidas por um fio é o nosso contributo criativo para mantermos a chama da fantasia acesa, a única chama que é capaz de manter forte esse fio que nos liga à vida.

ATORES | Anika Danielczuk, Dominika Ledźwińska, José Carlos Dias, Julian Konopelski. Katarzyna Biljenko. Maja Olszewska

SOM E MÚSICA | Katarzyna Komar

CENOGRAFIA | Maja Safiańska

FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO | Julia Janik, Małgorzata Boratyńska

COMUNICAÇÃO | Natalia Bednarska (redes sociais), Karolina Chmara (redes sociais), Paulina Jedut (cartaz)

TRADUÇÃO PARA POLACO | Justyna Żmijewska, Julia Czuryszkiewicz

LEGENDAGEM | José Carlos Dias, Julia Janik, Maja Safiańska, Małgorzata Boratyńska

ENCENAÇÃO | José Carlos Dias