Acaba de ser lançado o livro O denominador comum – universalismo e políticas culturais progressivas, com o ensaio entitulado Kant no Catar [Kant in Qatar], da autoria de Ana Teixeira Pinto, escritora e pensadora portuguesa. A publicação digital, de acesso gratuito, é o fruto da conferência que ocorreu no dia 13 de maio do ano 2019 em Varsóvia. O livro, como também a conferência, foi uma colaboração da rede EUNIC Varsóvia com a instituição polaca Biennale Warszawa.
Durante a conferência os participantes refletiram sobre a ideia do universalismo a três níveis separados, porém, entrelaçados. Em primeiro lugar, foi discutida a possibilidade de afirmação de um novo universalismo. O que seria necessário para que a ideia florescesse e como poderia a Europa participar na sua criação? Que tipo de ideias, valores, normas, objetivos e práticas poderiam servir como fatores edificantes de um projeto universal que pudesse superar a herança do colonialismo e de um universalismo ocidental opressivos? Seguidamente, os participantes tentaram definir que papel teria a cultura na definição de um novo universalismo. E, por fim, refletiram sobre o papel que, nesse processo, poderiam desempenhar as instituições culturais públicas e uma política cultural progressiva.
O livro, por enquanto, tem apenas versão inglesa que está disponível aqui. A versão polaca deverá ser lançada muito em breve.
Ana Teixeira Pinto
Escritora e teórica da cultura. Vive em Berlin e lecciona na local Universität der Künste. É também investigadora na Universidade Leuphana em Lüneburg. Tem trabalhos publicados em: e-flux journal, Springerin, Camera Austria, art-agenda, Mousse, Frieze, entre outros. É editora de The Reluctant Narrator (Sternberg Press, 2014). Recentemente colaborou com Alleys of Your Mind: Augmented Intelligence and its Traumas (ed. Matteo Pasquinelli, 2015), Nervöse Systeme (ed. Anselm Franke, Stephanie Hankey e Marek Tuszynski, 2016) e Animals (ed. Filipa Ramos, MIT Press, 2016).