No próximo dia 6 de outubro às 17h00 horas, no Palácio Blanka (sede do Ministério do Desporto e Turismo), na rua Senatorska 14 irá realizar-se a apresentação da edição polaca do livro Os meus 30 anos com Amália, da autoria de Estrela Carvas e Maria Inês Almeida.
A obra faz parte da série editorial Biblioteka Iberyjska e mereceu o apoio do Camões I.P. através do seu Programa de Apoio à Edição. A tradução ficou a cargo de Grażyna Jadwiszczak. O lançamento do livro contará com a presença do Diretor do Museu da História do Movimento Popular Polaco, Dr. Janusz Gmitruk,
e da Diretora do Instituto de Estudos Ibéricos e Ibero-americanos, Dra. Urszula Ługowska.
Esta biografia íntima surge das memórias de Estrela Carvas, a antiga secretária e amiga de Amália Rodrigues,
que atualmente guia os visitantes pela Casa-Museu da artista, a São Bento, em Lisboa. De facto, o livro engloba relatos de vidas dessas duas mulheres, contados em paralelo, e põe em evidência detalhes surpreendentes sobre a existência quotidiana da fadista, que foi acompanhada por Estrela Carvas durante 30 anos.
Este livro relata vivências e intimidades, muitas delas até agora desconhecidas do público. Siga a visita guiada que Estrela Carvas, com a colaboração jornalística de Maria Inês de Almeida, preparou para si
e descubra: Uma Amália que gostava de ter sido bailarina; uma Amália fumadora inveterada, que chegava sempre cedo aos espectáculos e bebia chá aos litros; a Amália que rezou para amar e adormecia com os filmes do Fred Astaire; a Amália que gravava discos numa ou duas noites e gostava de queijo da Beira Baixa, com cheiro intenso; a Amália que nunca tirou a carta de condução e arrancava flores dos jardins
de outras casas; a Amália que detestava palavrões e queria ter tido uma roça em África.
Amália Rodrigues
Nascida em 1920, em Lisboa, foi a cantora portuguesa mais célebre da história, chamada “a Rainha do Fado”. Amália interpretou
o fado, uma música tipicamente portuguesa, com entoação
e sentimento inigualáveis, dando forma própria a uma expressão musical tradicional. Graças à sua originalidade, conquistou
os corações do público mundial durante numerosas digressões no estrangeiro. Além de lançar canções populares, Amália cantou versos de alguns dos melhores poetas portugueses, tais como Camões ou Fernando Pessoa. A sua atividade artística estendeu-se igualmente ao teatro e ao cinema, tendo participado em filmes como A Severa (1954) ou Capas Negras (1946). Amália faleceu
em 1999. Por vontade testamentária da fadista foi instituída a Fundação Amália Rodrigues, destinada a preservar o legado da artista e a divulgar o conhecimento do fado entre as novas gerações.