O pianista português, Filipe Pinto-Ribeiro, estará na Polónia no início de outubro para dois recitais de piano. A 10 de outubro, pelas 19h00, irá tocar no Castelo Real em Varsóvia, e no dia 12 de outubro, na Academia de Música de Cracóvia. Estes serão os primeiros concertos do pianista português na Polónia.
Do programa, destacamos a presença do pianista, compositor e musicógrafo português – José Viana da Motta (1868, São Tomé – 1948, Lisboa). Aclamado pela crítica internacional pela técnica, clareza, expressão e rigor das suas interpretações de Liszt, Bach e Beethoven, bem como pelo virtuosismo das suas próprias composições, como a sinfonia “À Pátria”, “Evocação dos Lusíadas” ou “Cenas nas montanhas”. Viana da Motta formou-se no Conservatório de Lisboa, em Berlim e Weimar, onde foi discípulo de Liszt. Tocou em vários países da Europa, da Ásia e da América do Sul e do Norte. Em Portugal, fundou a Sociedade de Concertos, teve um papel importante na modernização do ensino de música e exerceu ainda a crítica musical
O recital em Varsóvia é organizado pela Embaixada de Portugal em Varsóvia e pelo Camões I.P. e conta com o generoso apoio do Bank Millennium. O concerto em Cracóvia é organizado pela associação “Piano Recital” e integra a 10.ª edição do Festival Internacional de Piano de Cracóvia.
Programa
1ª Parte
Wolfgang Amadeus Mozart (Salzburgo, 1756 – Viena, 1791)
Fantasia K. 397
Ludwig van Beethoven (Bona, 1770 – Viena, 1827)
Sonata Nº 23 Op. 57 “Appassionata”
1. Allegro assai
2. Andante con moto
3. Allegro ma non troppo
2ª Parte
Franz Liszt (Doborján, 1811 – Bayreuth 1886)
Anos de Peregrinação (seleção)
– 1º Ano (Suíça): I. Chapelle de Guillaume Tell
– 2º Ano (Itália): VI. Sonetto 123 del Petrarca
– 3º Ano: VII. Sursum corda (“Corações ao Alto”)
José Vianna da Motta (São Tomé, 1868 – Lisboa, 1948)
Barcarola Op. 1 Nº 1
Cena Portuguesa Op. 9 Nº 2: Chula do Douro
Franz Liszt (Doborján, 1811 – Bayreuth 1886)
Rapsódia Húngara Nº 12
Sobre o pianista
Um dos músicos portugueses de maior prestígio nacional e internacional, Filipe Pinto-Ribeiro é considerado um “poeta do piano” e as suas interpretações musicais, caracterizadas por profunda emoção e intelectualidade, são reconhecidas como ímpares pelo público e pela crítica especializada.
Nasceu no Porto e, após estudos em diversos países, foi discípulo de Lyudmila Roshchina no Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, onde se doutorou com as mais elevadas classificações em 2000, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
É fundador (2006) e diretor artístico do DSCH – Schostakovich Ensemble, um agrupamento musical sediado em Lisboa, que constitui uma plataforma de encontro e interacção de músicos de excelência no panorama internacional.
Gravou diversos CDs que obtiveram excelente receptividade por parte do público e da crítica musical. No seu CD de estreia, interpreta obras de Mussorgsky, Scriabin, Schostakovich, Debussy e Ravel. A sua última gravação, o duplo CD “PIANO SEASONS” tem sido recebido as mais elevadas classificações da crítica internacional (BBC Music Magazine, Klassik Heute, BR-Klassik, Classique News).
